Engenharia da Criatividade: A Busca pela Literatura Gerada por IA pt. 1
Uma hipótese pessoal é que o gerador de texto de IA ideal precisaria levar em conta que a literatura possui tanto um eixo temático (antropo e cosmovisão transformadas em símbolos emergentes) quanto um eixo estilístico (domínio do código linguístico). A engenharia precisa ser projetada 'em torno' de modelos de linguagem — pois nenhuma quantidade de poder computacional sozinho permitirá que o motor escreva com estilo, e sobre os temas que nos são caros. O chassi, as rodas, os eixos, etc. tudo precisa ser desenhado, pois o motor não fará curvas sozinho. A esperança dominante hoje ainda é a de que alimentando a máquina com informações suficientes, ela gerará espontaneamente um novo G. R. R. Martin, ou o oitavo Harry Potter. I say: com dados abrangentes que tracem os temas e parâmetros estilísticos de um autor — frequência de estruturas gramaticais, escolhas morfológicas etc. — pode ser possível treinar uma subinteligência de manipulação textual através de inúmeras correções, paráfrases e microajustes, guiando-a em direção ao produto desejado. Um LLM pode nunca ser ele mesmo a ferramenta que escreve livros ou roteiros interessantes, por ser antes a força motriz possível por trás de uma máquina capaz de fazê-lo.